30.7.09

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30.7.08

Músicos de Capela

A paisagem é de grama sintética.
Não mais os verdes ricos, seus cantos e urros melódicos,
reflexo de uma sociedade demente e patética.
O canto é como um grito desolado,
a postura é de um europeu medieval
e a imponência é da matança.
Padrão como enlatado, agora é eucaliptal
onde a vida era pujança.
De um lado é preservação,
do outro é exploração,
para baixo e sempre a sobrevivência.
Direitos humanos viram papel
e para o bem da corporação eles não saem do papel.
Dos pais se quer o chão e a história com a terra
e o desejo: uma nova relação com a floresta.
Resguardar a riqueza da semente,
produzir com a força do diverso
e o valor do diferente.
Ir ao Alto perceber
o poder de ser um músico de Capela.
A juventude agroecológica a celebrar e cantar
por democracia e soberania alimentar.
Porque viver é divertido e para todos deve ser,
vamos todos ao Alto perceber
o poder de ser um músico de Capela.


Poema escrito em lembrança ao II Encontro de Coletivos Jovens do Entorno de Unidades de Conservação, realizado em Capela do Alto, bairro rural de Guapiara/SP (jul/2008)

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17.7.08

Falta energia ou falta visão

Por Washington Novaes
wlrnovaes@uol.com.br

O tema das barragens e usinas hidrelétricas volta a ocupar espaço abundante no noticiário, por muitas razões:

1) Por ser essa uma fonte renovável e menos poluente de energia, num momento de crise, e que abre a possibilidade de reduzir, com seu uso, as emissões de gases que intensificam o efeito estufa e acentuam mudanças climáticas;

2) pelo ângulo oposto, por estar o Brasil levando adiante vários projetos nessa área, quando alguns estudos mostram a possibilidade de, com conservação e eficiência energética, até reduzir consideravelmente nosso consumo de energia, além de poder recorrer muito mais do que o faz a outras fontes menos problemáticas (eólica, solar, de marés, biocombustíveis, principalmente);

3) porque a construção de hidrelétricas sem preocupação de implantar eclusas que permitam a navegação dificulta depois o aproveitamento desse meio de transporte (onde seja viável e sem custos excessivos);

4) porque grande parte da energia gerada se destina à produção de eletrointensivos (alumínio e ferro-gusa, principalmente), com altos subsídios, que impõem a toda a sociedade (que paga os subsídios) pesados sacrifícios, enquanto beneficiam principalmente consumidores dos países industrializados, grandes importadores desses produtos;

5) porque a interrupção do fluxo de rios e o alto armazenamento de águas suscitam outras preocupações aos estudiosos da área.

Pode-se começar pelo fim. O relatório Planeta Vivo 2006 e outros documentos da ONU dizem que a alteração e retenção do fluxo hidrológico no mundo para uso industrial, abastecimento doméstico, irrigação e produção de energia já fragmentam mais de metade dos maiores sistemas fluviais do mundo e 83% do seu fluxo anual (52% de forma moderada, 31% gravemente). A quantidade de água armazenada em reservatórios ou barragens já é, no mínimo, três vezes maior que a contida nos rios. Só barragens com mais de 15 metros de altura são 45 mil no mundo, segundo a Comissão Mundial de Barragens. São muitas as conseqüências: inundação de áreas importantes, perda de biodiversidade, desalojamento de populações, aumento da evaporação, acumulação de sedimentos (e geração de gases), entre outras.

Muitos países dizem não ter alternativas imediatas, como a China, diante do aumento da demanda por energia. Mas certamente não é o caso brasileiro. Já foram mais de uma vez citados neste espaço estudos da Unicamp e da Coppe (UFRJ) que mostram ser possível, a custos muito menores que no aumento da produção, reduzir em até 30% o consumo atual de energia, com programas de conservação e eficiência; e ganhar mais 20% com repotenciação de usinas antigas e redução de perdas nas linhas de transmissão (hoje em 15%). Mas ninguém ouve a área federal de energia discutir esse tema com a sociedade. Ao contrário, os responsáveis pelo setor só se preocupam em anunciar novas, caras e questionáveis unidades geradoras, na Amazônia, na polêmica área nuclear e em outros lugares problemáticos - Estreito (TO), Vale do Ribeira (SP) e Salto (SC), entre outros.

E tudo isso acontece em meio a graves discussões. Ora porque se muda o local de implantação de uma usina no Madeira e não se considera necessário novo estudo de impacto, ora porque já se anuncia para o ano que vem outra usina, no Rio Xingu, palco de conflitos sérios. Num momento, porque se condena o "esquecimento" de prever eclusas nas hidrelétricas do Rio Madeira - o que pode interromper a navegação; em outro, porque se condena à inundação um patrimônio paisagístico e cultural da humanidade, reconhecido pela Unesco, como é o caso de uma usina no Vale do Ribeira, onde podem sobrevir também problemas para remanescentes da mata atlântica, mangues, cavernas, restingas, quilombos, índios, caiçaras.

Estranho que pareça, não se discute um fenômeno cada vez mais freqüente, que é o rompimento de barragens. Só este ano isso já ocorreu no Rio Corrente (GO), em São Gonçalo (PB), inundando a cidade de São Vicente do Seridó; dois anos antes foi em Camará, onde o rompimento deixou 4 mil pessoas ao desabrigo. É evidente que se impõe uma revisão de métodos, inclusive por causa de alterações nos formatos de chuvas, com precipitações mais intensas em curto espaço de tempo.

É um problema que remete a recente estudo do Banco Mundial (28/3), em que está enfatizada a "baixa qualidade dos termos de referência e estudos de impacto ambiental" de projetos na área hidrelétrica. Por isso mesmo, e porque acha "razoáveis" os prazos concedidos pelo Ibama nos licenciamentos, não sugere o banco mudanças radicais nos processos e naqueles prazos - bem ao contrário do que pregam o ministro do Meio Ambiente e o presidente do Ibama.

Talvez fosse adequado olhar o que acontece em outras partes - como nos EUA, que já removeram 467 barragens, principalmente na Califórnia (48) e no Wisconsin (47); ou na Alemanha e na Hungria, onde estão em pleno andamento os planos de "renaturalização" dos rios, com a remoção de barragens, canalizações, etc., para que sejam restauradas as antigas planícies de inundação natural, removidas populações ribeirinhas e se evitem conseqüências desastrosas de enchentes. Ou ainda para várias partes da Europa, da Austrália, da Nova Zelândia, da Espanha, de Portugal, onde se investe pesadamente em energia eólica e solar - ao contrário do que fazemos aqui, onde o minguado programa de energias alternativas (Proinfa) se arrasta há anos, da mesma forma que os programas de eficiência energética (Procel).

É preciso repetir e repetir: entre 1973 e 1988, após o segundo choque do petróleo, durante 15 anos não aumentou em um só kilowatt o consumo de energia nos EUA, graças a programas de eficiência - e sem prejudicar o crescimento do PIB, que foi de quase 40% nesse período.

Eficiência não impede desenvolvimento. Ao contrário, ajuda, liberando recursos.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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11.7.08

Um terço dos corais sofre risco de extinção devido a estresse

Fatores como a mudança climática e a poluição colocam abrigo de mais de 25% das espécies marinhas em risco

GENEBRA - Os corais também sofrem com o estresse, devido a fatores como a mudança climática e a poluição, que já colocam um terço destes construtores de recifes em risco de extinção.

Esta é a principal conclusão do primeiro grande estudo mundial sobre o estado de conservação dos corais, uma iniciativa conjunta da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e de Conservação Internacional, realizada a fim de incluir estas espécies marinhas na lista de espécies ameaçadas.

Os recifes de coral, que levam milhões de anos para serem construídos, abrigam mais de 25% das espécies marinhas.

Os corais produzem os recifes nas águas pouco profundas tropicais e subtropicais, e são extremamente sensíveis às mudanças registrados em seu entorno.

O estudo mostra que as principais ameaças que afetam os corais são a mudança climática e problemas locais como a pesca destrutiva, assim como a qualidade da água afetada pela poluição e pela degradação dos hábitats litorâneos.

A alta das temperaturas pelas mudanças climáticas leva ao branqueamento dos corais, um resultado de sua resposta ao estresse e que lhe torna mais frágil frente às doenças.

Os pesquisadores predizem, além disso, que a acidificação dos oceanos representa uma nova ameaça grave para os recifes de coral.

Dado que as águas absorvem quantidades crescentes de dióxido de carbono da atmosfera, a acidez de água aumenta e seu pH baixa, o que tem um grande impacto na capacidade dos corais de construir seu esqueleto, que é a base dos recifes.

Por isso, os 39 cientistas que efetuaram o estudo concordam que a alta das temperaturas na superfície das águas segue provocando o branqueamento dos corais e doenças, o que pode levar muitas destas espécies a não ter tempo de se reconstituir, o que poderia levar à sua extinção.

"Estes resultados mostram que os corais construtores de recifes correm maior risco de extinção, como grupo, que todos os grupos terrestres, exceto os anfíbios, e que são os mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática", comentou Roger McManus, vice-presidente da CI para os programas marítimos.

O principal autor do artigo, publicado hoje pela revista Science Express, Kent Carpenter, lembra que "quando os corais morrem, os outros animais e plantas que dependem dos recifes de coral para sua alimentação e sua proteção também desaparecem, o que pode causar a destruição de todo um ecossistema".

Os resultados desta avaliação serão inscritos na lista de espécies ameaçadas da UICN em outubro deste ano.

Fonte: estadao.com.br

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2.7.08

Há certeza?

Por Bruno Pinheiro

Do fundo dos olhos

vem como uma canoa no rio a deslizar.
Aparece como luz que brilha
e reflete na água tranquila
e até o verde das matas ilumina
como um sutil sorriso no canto da boca.

Mas fica sempre a duvidar

sobre se, ou quando
um dia verá a transformação
do cósmico em interior,
do céu em imaginação,
da lua uma constelação
de satélites que guardam o universo.

Mas fica sempre a duvidar
de que poderiam sumir as flores
e com elas a beleza e a leveza
dessa vida em que há tristeza e falsos pudores.
E a alegria lá dentro se esconde

como um tatu a cavar
ou um avestruz de cabeça enterrada
com medo do hoje e do amanhã.

Mas fica sempre a duvidar...
como receio da alegria.
Quantos não tem medo de viver a vida?
Quantos não tem medo de trocar?
Quantos não tem medo de encontrar?

Basta se entregar ao agora
e saber que é uma vibração de Gaia
que grita, que sorri e que chora
e que fica sempre a duvidar
...

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23.6.08

Moradores fazem protesto contra a Petrobras no litoral paulista

Manifestantes pedem retirada imediata das famílias que moram bairro onde solo foi contaminado por petróleo

SÃO SEBASTIÃO, SP - Os moradores do bairro Itatinga, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, fizeram nesta segunda-feira, 23, um protesto em frente a unidade da Petrobras para pedir a retirada imediata das famílias que moram em uma área onde o solo foi contaminado por resíduos de petróleo, há quase três décadas. Segundo os manifestantes, desde quando os resíduos foram descobertos no quintal de uma casa, há dois anos, os moradores começaram a ficar doentes e alguns desenvolveram até câncer.

"Em apenas uma rua existem quinze casos, inclusive de crianças com câncer", disse uma das organizadoras do movimento, Débora Siqueira. Com faixas, as famílias pediam atenção da Petrobras para o problema. "É
um verdadeiro descaso. A Petrobras prometeu retirar as famílias do local e não fez nada até agora", completou. Em março o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a Petrobras retirasse, imediatamente, oito famílias do local, mas a ordem não foi cumprida. Existem ainda outras 76 famílias que estão na mesma área de risco.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) está avaliando os relatórios produzidos pela Petrobrás e deve divulgar um parecer sobre o nível de contaminação do bairro em três semanas. "O diagnóstico ambiental é de competência da Petrobrás e a Cetesb está analisando o que foi estudado. É uma análise da qualidade desse laudo. Se estiver errado ou inconsistente, a Cetesb vai exigir as adequações", informou o superintendente do litoral norte, João Carlos Milanelli. "Chamamos de borra de petróleo formada por vários tipos de hidrocarboneto, substâncias que tem potencial tóxico. O que estamos analisando é se o estudo da Petrobras sobre as substâncias está correto". O relatório tem 14 mil páginas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobrás, a rua citada pelos moradores - Rua Gisele de Oliveira - onde supostamente estariam surgindo casos de doenças graves, não pertence à área onde foi detectada a existência de resíduos. Nesta rua, segundo estudos feitos pela Petrobrás, não há sinais de hidrocarboneto.

Por Simone Menocchi - O Estado de S.Paulo

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14.6.08

O brasileiro alugou o Brasil, mas paga a conta

Já dizia o grande poeta Raul Seixas, em sua música Aluga-se:

"A solução pro nosso povo
Eu vou dá
Negócio bom assim
Ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui
É só vim pegar
A solução é alugar o Brasil!...
Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free!
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá prá alugar"

Pois é, os gringos entraram e trouxeram um modelo político-econômico no qual o lucro é privado, mas o ônus é social. Raul só errou nisso: alguém tem de pagar alguma coisa. É assim que funciona. E se o lucro é do proprietário, de quem é o prejuízo?

O vídeo abaixo mostra uma manifestação pacífica da Via Campesina na sede da Votorantim Energia, na cidade de São Paulo (texto do post anterior). O ato faz parte da jornada de lutas da Via Campesina para denunciar a exploração social e ambiental das grandes empresas no Brasil, principalmente as estrangeiras.

No caso em questão a conta quem paga é o cidadão, que com seus impostos financia não só os subsídios que governos federais e estaduais dão para essas empresas. Financia também o salário e a estrutura da segurança que deveria ser pública, mas que reprime uma manifestação social em favor de uma grande corporação capitalista.

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